a avenida
Avenida da Liberdade
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Avenida da Liberdade
Cal junta contos, uma peça de teatro e poemas em torno de um tema pouco usual na literatura: a velhice, com a sensibilidade inconfundível de José Luís Peixoto.
Comecei a ler hoje de manhã, e logo nas primeiras páginas percebi que vai ser uma estória cativante.
A respeito do que aconteceu no jogo entre a Selecção de Portugal e do Uruguai, louvo a coragem do homem italiano ( vi no Instagram) que atravessou o campo, que trazia na t-shirt a figura do super-homem e escrito " Salvem a Ucrânia", e nas costas "Respeito pelas Mulheres Iranianas".
Não foi por acaso que ele fez isto, pois o árbitro é iraniano.
Gostei que tivesse acontecido neste jogo, porque o estádio estava cheio e as emoções ao rubro.
O que vão fazer ao homem, não sabemos, mas, mais uma vez, o parabenizo pela ousadia e coragem que teve.
Isto também para dizer que, o livro do mês do Grupo de Leitura que recebi, foi "Naziram, Uma Mulher sem Rosto".
Um relato de uma jovem paquistanesa que casou na adolescência, não tinha dote, foi maltratada pela família do marido. Este morreu e a família dele obrigou-a a casar com o irmão mais velho.
Era escrava das cunhadas e da sogra.
A mulher deste tinha ciúmes dela, perseguia-a, até que, um dia, Naziran, desconfiada que estava de que acunhada queria fazer-lhe mal, e já muitos males sofrera, num momento de descanso sentiu algo escorrer-lhe no rosto: um ácido que a pôs cega e muda.O ácido que a impediu de ver as duas filhas, e que estas se aproximassem dela pelo rosto desfigurado e feio.
Teria morrido se não fosse levada para o hospital, em Islamabd, e um elemento da ASF ( Acid Survivors Foundation ) tivesse conhecimento dela e a levasse para a Instituição.
As mulheres são ameaçadas de morte pela família se denunciarem os maltratos. Depois de outras histórias de mulheres que ouviu na ASF, tomou a decisão de denunciar...
Não são só as mulheres iranianas que carecem de Direitos, são todas as mulheres, e crianças, que vivem uma vida de sacríficio,sem nada nem ninguém que os defendam das mãos dos seus homens que tudo fazem em nome do clã,de uma cultura e religiãodo, dominada pelos homens.
imagem do Instagram de Gustavo Carona
Inimaginável para mim que as mulheres, e as adolescentes, paquistanesas fossem tratadas como escravas, quer pelos pais, quer pelas cunhadas, sobretudo, quer pelos maridos e sogras.
Naziran tem 22 anos e deixou de ter rosto - em plena noite, enquanto dormia, a sua cara foi regada com ácido. O objetivo era matá-la, desembaraçar-se dela definitivamente, mas Naziran sobreviveu.
Para esta jovem paquistanesa, a vida foi uma sucessão de violências e de humilhações: o pai, um homem brutal, vendeu-a num casamento forçado aos 13 anos; o marido espancava-a sob o pretexto de ela não lhe dar um herdeiro do sexo masculino e, depois da sua morte , obrigaram-na a casar com um cunhado, muito mais velho do que ela e já casado. No auge do seu sofrimento, a família do marido roubou-lhe uma das filhas.
Mas Naziran resistiu a tudo e hoje, cega e com o rosto destruído, ousa dar testemunho sobre uma prática cruel: os ataques com ácido.
Este livro, que escreveu com a colaboração da jornalista Célia Mercier, especialista em questões paquistanesas, é um grito de revolta e um apelo ao respeito pela dignidade do ser humano.
do Grupo de Leitura é este:
Só li até à página 36 e já está a captar o meu interesse, mas parece-me ser uma história arrepiante.
do desafio de leitura
Acho que na maioria dos países da Europa Sul, e no nosso caso ainda mais, fazem a pergunta " Nós estamos em todo o lado, não estamos?"
Depois, achei interessante a analogia entre as ruas e o centro de Nova Iorque com a palma da mão.
Tom Hanks e a sua paixão por máquinas de escrever.
Mais um livro lido e a caminho de um novo leitor.
Um affaire agitado e divertido entre dois grandes amigos. Um ator medíocre que se torna uma estrela e se vê em meio à frenética viagem de divulgação de um filme. O colunista de uma cidadezinha com um ponto de vista antiquado sobre o mundo. Uma mulher se adaptando à vida na nova vizinhança após o divórcio. Quatro amigos e sua viagem de ida e volta à Lua num foguete construído num fundo de quintal.
E o outro lado de Nova Iorque.
Um livro deste desafio, que está a captar-me, e que não esperava de Tom Hanks como escritor.
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